domingo, 23 de setembro de 2007

Amazónia

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A bacia amazônica é uma dessas grandezas tão grandiosas que ultrapassam as percepções do homem".

Mário de Andrade, 1927


A lei do rio não cessa nunca de impor-se sobre a vida dos homens. É o império da água... ...O rio diz para o homem o que ele deve fazer. E o homem segue a ordem do rio."

Thiago de Mello, poeta

La vie en rose

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"La Vie En Rose
Des Yeux Qui Font Baisser Les Miens
Un Rire Qui Se Perd Sur Sa Bouche
Voila Le Portrait Sans Retouche
De L'homme Auguel J'appartiens
Quand Il Me Prend Dans Ses Bras,
Il Me Parle Tout Bas
Je Vois La Vie En Rose,
Il Me Dit Des Mots D'amour
Das Mots De Tous Les Jours,
Et Ca Me Fait Quelques Choses
Il Est Entre Dans Mon Coeur,
Une Part De Bonheur
Dont Je Connais La Cause, C'est Lui Pour
Moi, Moi Pour Lui Dans La Vie
Il Me L'a Dit, L'a Jure Pour La Vie,
Et Des Que Je L'apercois
Alors Je Sens En Moi, Mon Coeur Qui Bat...
Des Nuits D'amour A Plus Finir
Un Grand Bonheur Qui Prend Sa Place
Les Ennuis, Des Chagrins S'effacent
Heureux, Heureux A En Mourir"

Terra Ardente

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"A Terra palpita...
Choveu...
O cheiro da terra ardente, molhada, inunda o meu ser.
Nas poças de água, uma miríade de cores nasce, resplandece.
A pinha brilhante, a névoa nas florestas escuras, a energia que brota da terra e flúi pelas arvores... palpita como um coração que anseia por viver...
Somos parte da terra, e ela é parte de nós mesmos."


by Carlos

Arvore da Vida

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A árvore da vida segundo o conceito cabalístico. Ela é formada pelas dez emanações de Ain Soph, chamadas Sepiroth. A essência de todas as Sephiroth é a mesma, mas cada uma possui uma propriedade particular. A essência é universal, o que muda é a emanação de cada Sephirah. Segundo a cabala, a síntese da árvore da vida é Adam Kadmon, o Homem Arquetípico.
Essas emanações se manifestam em quatro diferentes planos, interconectando as dez sephiroth em camadas cada vez mais densas. Atziluth o Mundo das Emanações - KetherChokmah Binah Beriah o Mundo das Criações - Chesed Geburah Tipareth Yetzirah o Mundo das Formações - Netzach Hod Yesod Asiyah o Mundo das Ações - Malkuth
As três sephiroth superiores formam um mundo abstrato e representam o estado potencial. As seis sephiroth interiores se agrupam em uma dimensão conhecida por Zeir Anpin, formando o elo entre o abstrato e a matéria. Estão firmemente interconectadas entre si. A última sephirah inferior é a representação do nível material.
No pilar esquerdo da árvore rege o princípio feminino. No pilar direito da árvore rege o princípio masculino. No pilar central da árvore existe a ligação entre os dois princípios.
O topo da árvore representa o bem e a base o mal.

Segundo a Bíblia , a Árvore da Vida é uma das duas árvores especiais que Deus colocou no centro do jardim chamado Éden. A outra é a "àrvore do Conhecimento do Bem e do Mal", de cujo fruto, Eva, e depois Adão, acabaram por comer por influência de uma serpente.

Os pormenores sobre esta árvore são muito escassos no texto bíblico. Refere-se apenas a sua localização central no Jardim do Éden e que o primeiro casal humano foi impedido de alcançar esta árvore após terem desobedecido ao mandamento divino. Foram assim expulsos desse jardim ou paraíso original. Como forma de impedir que, tanto Adão e Eva, como provavelmente a sua descendência voltassem a entrar no Jardim, e consequentemente tomarem dos frutos da Árvore da Vida, a Bíblia refere que Deus colocou criaturas sobre-humanas, designadas por querubins, que possuíam uma espada de fogo que se revolvia continuamente.
Segundo o relato bíblico, esta árvore já havia sido colocada no jardim antes da criação do primeiro homem, Adão. Muitos comentaristas afirmam que esta árvore não possuiria qualidades intrinsecamente vitalizadoras nos seus frutos, mas seria um símbolo representativo da garantia de vida eterna, da parte de Deus, para aqueles a quem Ele permitisse comer do fruto dela. Visto que Deus colocou essa árvore ali, crê-se que o objectivo seria permitir a Adão que comesse do seu fruto, talvez após ficar provada a sua fidelidade ao ponto que Deus julgasse satisfatório e suficiente. Quando Adão desobedeceu, foi-lhe cortada a oportunidade de comer daquela árvore, impedindo-o a ele e à sua descendência de alcançar a vida eterna.

Eros

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Ignorado por Homero, Eros aparece pela primeira vez na Teogonia de Hesíodo, que o descreve como o mais belo dos imortais, capaz de subjugar corações e triunfar sobre o bom senso. Deus grego do amor e do desejo, Eros encerrava, na mitologia primitiva, significado mais amplo e profundo. Ao fazê-lo filho do Caos, vazio original do universo, a tradição mais antiga apresentava-o como força ordenadora e unificadora. Assim ele aparece na versão de Hesíodo e em Empédocles, pensador pré-socrático. Seu poder unia os elementos para fazê-los passar do caos ao cosmos, ou seja, ao mundo organizado. Em tradições posteriores era filho de Afrodite e de Zeus, Hermes ou Ares, segundo as diferentes versões. Platão descreveu-o como filho de Poro (Expediente) e Pínia (Pobreza), daí que a essência do amor fosse "sentir falta de", busca constante, em perpétua insatisfação. Seu irmão Ânteros, também filho de Afrodite, era o deus do amor mútuo e, às vezes, oponente e moderador de Eros. Artistas de várias épocas representaram com freqüência o episódio da relação de Eros com Psiqué, que simboliza a alma e constitui uma metáfora sobre a espiritualidade humana. Em Roma, Eros foi identificado com Cúpido. Inicialmente representavam-no como um belo jovem, às vezes alado, que feria os corações dos humanos com setas.

Explosão

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Perguntam-me, amiúde, qual é minha fonte de inspiração. Ela é, confesso, a mais natural possível. É espontânea e, felizmente, freqüente. Muitas vezes inicio um trabalho sem saber onde ele me vai levar, onde a emoção do momento me vai transportar. Pinto sempre ao som de música. è uma forma de exorcisar os meus fantasmas. Gosto de dias quentes e ensolarados, de céu completamente azul, e cheios de luz. Não nascemos, convenhamos, para desperdiçar nossas melhores energias. Ou seja, com a luta mesquinha e desesperada por bens materiais que nada nos acrescentam, em detrimento do que nos é oferecido de graça pela natureza. Temos uma oportunidade única, que é o privilégio de viver, à qual não damos o devido valor. Transformamos, com nossa cobiça e intolerância, o paraíso num inferno.Marc Chagall confessou, certa feita: “Em Paris a luz explodiu em mim como uma centelha de liberdade, de revolução”.

Uma das minhas maiores satisfações, físicas e espirituais, é o contato com a natureza. É, por exemplo, um passeio despreocupado por um bosque, com todos os sentidos alertas, usufruindo o aroma das flores, o canto dos pássaros, o frescor da sombra e o sabor exótico dos frutos silvestres. Ou é a caminhada preguiçosa e sem rumo por um jardim florido, com a explosão de cores, em cada canteiro, ao meu redor. Essa é uma das minhas fontes de inspiração.

Trilhos de Africa

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"Não sou cativo.
A minha alma é livre.
e livre percorre estes trilhos...
Saudades longas de palmeiras vermelhas, verdes amarelas.
saudade sentida do coração de África
De coração em África... trilho estas ruas nevoentas da cidade e procuro no horizonte cerrado da beira-mar o cheiro de maresias distantes e areias distantes, com silhuetas de coqueiros conversando baixinho sob a brisa da tarde
."

by Carlos

Os dois elementos

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A energia CHI (energia vital) foi dividida pelos chineses entre os cinco elementos, que na verdade, são cinco formas de manifestação dessa energia. Eles se "criam" ou se "destroem" em ciclos naturalmente estabelecidos, conhecidos como ciclo construtivos e destrutivos.

O ciclo construtivo cria ou gera harmonia e representa uma transformação positiva: a madeira alimenta o fogo; o fogo gera terra; a terra gera metal; o metal gera água; a água gera madeira, que por sua vez gera o fogo e o ciclo continua eternamente.

No ciclo destrutivo, os cinco elementos interagem de maneira forte e competitiva: o metal, como uma lâmina afiada, corta a madeira; a madeira retira nutrientes da terra; a terra represa o movimento da água; a água apaga o fogo; e o fogo derrete o metal.

FOGO - representa o auge do ciclo vital, porque a energia do fogo projeta-se para cima. Produz calor e movimento. É elevado e relacionado com a cor vermelha. Representa o verão e a lua cheia e luminosa. Esta associada à Fênix Vermelha e sua direção é o sul. Excesso de fogo no ambiente traz raiva, intolerância e agressividade.

ÁGUA - é o início de um novo ciclo, quando as coisas alcançam seu ponto máximo de descanso. É um elemento penetrante e maleável. Sua forma e ondulada e sua cor é preta ou a azul. Representa o inverno, o norte e a Tartaruga Preta. Excesso de água no ambiente provoca excitação exagerada e angústia.


Neste quadro procurou-se captar a essência desta interacção água versus fogo.