domingo, 28 de outubro de 2007

Sedimentos

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"Senti os sedimentos de lava, de terra,
de fogo, de particulas que se interligam e incorporam...
O vácuo e a plenitude juntos num mesmo momento
num mesmo vulcão de pensamento, de energia e de matéria.
Para onde vais energia? para onde flui o teu rio?"

by Carlos

Reflexos

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"Vislumbro o meu reflexo no espelho: procuro por mim. Penetro o meu olhar... será que me conheço? Procuro a minha essência e tento absorvê-la. Quem sou eu? Será que me perdi?

Entro neste labirinto, na miríade de cores e sensações, e nelas encontro o meu refugio, o meu eu;
e com ele viajo nas asas da vontade. No reflexo descubro o meu ser..."


by Carlos

Pinceladas

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"A vida é feita de pinceladas...
pinceladas de sonho
pinceladas de dor, de amor, de esperança...

O rumor do vento na floresta frondosa tem uma cor.
A Natureza em ebuliçao tem uma cor...
O sol da manhâ,
a forma como respiramos
Tudo é feito de cor...

Nesta dança que é a vida,
de que cor escolhemos pintá-la?
E a alma? como a pincelamos?"

by Carlos

Outono

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"Há um tempo para tudo e um momento
sob o céu para fazer cada coisa:
há um tempo para nascer e outro para morrer,
um tempo para semear
e um tempo para colher.
Um tempo para matar, e outro para curar,
um tempo de destruição
e um tempo para construir.
Um tempo para chorar e outro para rir;
um tempo para os lamentos
e um tempo para as danças.
Um tempo para espalhar pedras
e outro para as recolher;
um tempo para se abraçar e outro para se separar.
Um tempo para ganhar e outro para se perder;
um tempo para ficar calado e outro para falar.
Um tempo para amar e outro para odiar;
Um tempo para a guerra
e um tempo para a paz."


Eclesiastes 3, 1-8

O Jardim


"No mistério do Sem-Fim,
equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro:
no canteiro, urna violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o Sem-Fim,
a asa de urna borboleta."


Cecília Meireles

domingo, 21 de outubro de 2007

Nas asas do vento encontrei Orixá

Dina Ventura vai lançar em conjunto com a editora Caleidoscópio, no próximo dia 31 de Outubro,
no Hotel Altis em Lisboa, o seu recente trabalho "Nas asas do Vento encontrei Orixá".

Aqui vos deixou algo, em primeira mão.

"Conhece-te a ti mesmo e verás:
Que nada é como te parece
Que tudo parece e não é.
Que quando pensas que Viste
"Nada" foi visto, porque não sabes o que é.
Não são jogos de palavras.
São apenas palavras em jogo.
É como um jogo de vida,
Uma vida em jogo sem e com tudo para jogar.
Onde estão os dados?
Onde estão as pedras deste jogo?
Estão na vida...
... estão em ti.
É em ti que os vais encontrar.
Porque tu não vives
Tu... alimentas a vida
com o teu "eu" enganado,
mas nesse engano, vive:
Porque para dar vida a uma outra
ele tem de viver.
É a vida!!!

domingo, 14 de outubro de 2007

Miru

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Deusa da Oceania, dos três niveis inferiores dos oceanos, cujo nome significa "porta da noite"
Na Mitologia Havaiana Miru foi designado como o “Senhor do Mundo dos Espíritos”, onde vivem as almas dos homens após a morte física e tornou-se conhecido como o “Rei do Mundo dos Mortos”.

Células

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Uma célula é uma massa de protoplasma com um núcleo. É dotada de inteligência. Algumas células produzem secreção, outras escretam. As células dos testículos secretam o sêmen; as células dos rins secretam a urina. Certas células representam o papel de soldado. Defendem o corpo das investidas ou ataques de matérias venenosas ou de germes. Elas os digerem e eliminam. Certas células transportam os alimentos para os tecidos e os órgãos.As células realizam seu trabalho sem o conhecimento consciente de nossa vontade. Suas actividades são controladas pelo sistema nervoso simpático. Estão em comunhão directa com a mente no cérebro. Todo o impulso da mente, todo pensamento, é transmitido às células. Estas são enormemente afetadas pelas várias condições ou estados de ânimo. Se na mente existir confusão, depressão e outras emoções e pensamentos negativos estes serão transmitidos telegraficamente através dos nervos a cada célula do corpo. As células soldados entram em pânico. Enfraquecem. Ficam incapacitadas para executar suas funções. Tornam-se ineficientes. Alguns pensam excessivamente no corpo e não têm idéia do que seja o Eu, levam uma vida indisciplinada e desregrada, entopem o estômago de doces e de bolos, etc. Não dão descanso aos órgãos da digestão e de excreção. Sofrem com a fraqueza e problemas diversos. Os átomos, moléculas e células em seus corpos produzem vibrações desarmoniosas e discordantes. Carecem de esperança, confiança, fé, serenidade e alegria. São infelizes. A força vital [prana] não está funcionando de forma harmoniosa. O nível de sua vitalidade é baixo. Têm a mente cheia de medo, desespero, preocupação e ansiedade.

Haima

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"Eu sou Haima, sangue quente que ferve em mim,
sinto a vida que corre em minhas veias,
Sinto o ardor do sol,
o frémito do vento,
a pureza do riacho de águas cristalinas.
Sou o vinho que inebria...
sou Haima"

by Carlos

Equilibrio

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A mitologia da criação dos primeiros seres humanos foi atribuída a Shangdi, ao Céu, a Nüwa, a Pan Ku ou Yu Huang. Nüwa, que pode ter recriado ou criado a humanidade, tinha por companheiro (irmão e marido) Fu Xi. São representados por criaturas metade-serpentes e metade-humanas; Pan Ku foi o primeiro ser consciente e criador, emergido de um ovo chocado por 18 mil anos. Pan Ku separou o Yin e o Yang com um golpe de seu machado. O Yin, mais pesado, afundou e transformou-se na Terra, enquanto o Yang, mais leve, elevou-se para formar os céus.


Única face de uma mesma moeda.
Mesma face de única
Peças que se completam,
engrenagens que se enroscam
e fazem o motor da vida
andar em ritmo de harmonia

sábado, 13 de outubro de 2007

BEDAGI


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Bedagi fez um discurso sobre a relação entre a natureza, nascimento e morte do qual existem inumeras versões, embora o seu tema central seja claro: todos os seres humanos, animais e plantas vêm da Natureza, dela fazem parte e a ela regressam um dia.
“O grande espirito é o nosso pai, mas a natureza é a vossa mae.
É ela que nos alimenta, o que pomos no chão ela devolve-nos, incluíndo as plantas que curam.
Se somos feridos, vamos ter com a nossa mãe e procuramos encostar nela a parte ferida para ficarmos curados.
Quando caçamos, por mais poderoso que seja o arco, não é a flecha que mata o alce, é a Natureza. A seta espeta-se na pele do animal e, como todas as coisas vivas, ele vai ter com a mae para se curar, encostando-se ao chão, o que faz a flecha enterrar-se ainda mais.
Entretanto, tento segui-lo. Ele não está a vista mas, se eu encostar o ouvido a uma árvore, ouço-o pular.
Cada vez que ele pára e esfrega o flanco ferido, mais enterrada a flecha fica e acabo por encontrá-lo exausto com a seta cravada no corpo.”


Discurso feito no inicio de 1900, pelo famoso orador dos vanabaquis.

5 Elementos


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sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Ìlèpa

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"Não sei porque chove. Sei apenas que chove.E a água contínua, persistente, forte, bate-me na vidraça e o vento movimenta as persianas completamente molhadas, contra o rosto aberto das janelas. As bátegas escorregam do telhado de barro vermelho para o chão, de forma impediosa, alagando as flores. Junto às paredes frias da casa, com o relampejar da tempestade, o que é que se nota? Uma sombra perdida, reclinada e doce, duma rosa.Dentro do quarto vou escutando os ecos da trovoada,só, com um livro na mão, lendo poesia, à luz da vela. As palavras misturam-se com os ruídos do temporal, com o quebrar dos galhos das árvores, o granizo saltitando ao longe, os zincos soprados pela ventania, homens correndo para fugirem do aguaceiro, cães ladrando contra o escuro. Sobre o tecto, no ranger lento das tábuas, o som duns passos arrastados, de cascos de bode, misturado com gargalhadas, um estranho riso que só desaparece aos poucos, com o nascer do dia. O vulto de Lord Byron, nesses instantes, vai e vem, nos confins da memória que dele nos deram as imagens, agora perdidas, do seu bestial destino. É o oposto exacto ao Natal do menino que Dezembro venera. Une-os a loucura de não temerem a morte. Um purifica-se, outro ao diabo entrega-se em festa. Um escolhe a gruta, mas empobreceu;o poeta, esse, nunca se preocupou com um lugar no céu e arrasta consigo as correntes das chamas satânicas. A cura não a busca; ama o impossível. O irreal. Ao fim e ao cabo o seu sonho ficou completo, vivendo num palácio de luxo,construído sobre estrofes, versos, sílabas, rimas. O afluxodos espíritos superou o sangue dos mortais. Cavalgou alegria onde morava tristeza. E nela desceu às profundezas da poesia.Escolheu friamente a viagem; usou o bilhete da alma. De fora deixou o resto. Está no inferno do poema, a casa onde mora. "

José António Gonçalves(inédito 03.12.04)

Beltane

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No divino impudor da mocidade,
Nesse êxtase pagão que vence a sorte,
Num frémito vibrante de ansiedade,
Dou-te o meu corpo prometido à morte!
A sombra entre a mentira e a verdade...
A núvem que arrastou o vento norte...

Meu corpo! Trago nele um vinho forte:
Meus beijos de volúpia e de maldade!
Trago dálias vermelhas no regaço...
São os dedos do sol quando te abraço,
Cravados no teu peito como lanças!

E do meu corpo os leves arabescos
Vão-te envolvendo em círculos dantescos
Felinamente, em voluptuosas danças...


"Volúpia", Florbela Espanca

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Sonho de uma noite de Verão no SMUP


Venho hoje falar-vos de um bébé, daqueles que implicam mudança de fralda... que dão trabalho, mas tanto prazer.


Parabéns a quem lutou tanto para que se tornasse realidade.

Aqui fica o cartaz! Espero que a sala encha e que seja um sucesso. O preço é 3€ (1,5€ para sócios da SMUP).

Experimentem.

Reservas: 934064208